Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. (Mateus 11.25)

sábado, 1 de junho de 2013

Voltando ao jardim

Ele sonhou meu sonho, formou minha forma, me fez semelhante, me deu um jardim, me deu sua voz, sua presença e seu cuidado na viração do dia.
Me deu autoridade, perspicácia, me fez sagas e forte...  Percebeu minha solidão e da minha extensão me apresentou o Eros... Me amou incondicionalmente e me despejou confiança mesmo sabendo de minhas limitações. Porém eu, seu filho, sua perfeita criação, seu sonho, sua obra prima, não consegui, não percebi de inicio que estava transgredindo, não percebi que era um plano contrario aos dele, não imaginava que era possível alguém não ama-lo, ou tentar feri-lo ou entristecê-lo... Mas eu na minha pequenez, ignorância e sedução pela adrenalina que surgia... Comi.
Me alimentei do sofisma e causei tudo aquilo que achava ser impossível, minha fome humana feriu o seio divino, e sem medir, feri a humanidade, deixei minha curiosidade contaminar o DNA do mundo e assim, depois de dar nomes as criações, dei nome as mesmas só que deformadas e mortais.
Mesmo com tanta dor e cheiro de decepção ele me procurou, estava lá na hora marcada, andando sozinho à procura do filho escondido. Sua voz era mansa e preocupada, “onde estás?” E eu conflitado com tibieza resolvi encontrar paliativos. Sai do esconderijo, surgi com arrogância, saltei com força e vigor, e ele, esperando dos meus lábios o perdão, ouviu acusação.
Acusei, procurei um jeito, cobri minha vergonha em vão, pois não sabia que somente ele poderia restaurar o sabor da paz, que só ele tinha poder pra refazer o que foi quebrado, mediante um pedido de conserto de quem o quebrou.
Mesmo com tristeza e dor ele me cobriu, me escondeu no seu seio, me deu o perdão me deixando apenas com a consequência dos meus atos. Penso que poderia ser diferente, poderia voltar como antes mediante a uma palavra que  meu orgulho medroso  não me deixou dizer.
O jardim não era mais o meu, mas eu continuava sendo dele e por amor a mim decidiu refazer o jardim, resolveu renovar a aliança, sentimos saudades um do outro, sentimos falta das tardes e das conversas, sentimos falta da voz e do sabor da amizade e mesmo com sua distancia majestosa e todo soberano poder, ele desceu, levantou, se inclinou, sentiu o cheiro suave da minha adoração e decidiu reabitar de forma individual. Desfez de sua gloria sem precisar ou ter motivos para isso, mas o fez e com perfeição, estávamos juntos de novo, sua voz era mais forte que antes, mais viva, com mansidão e suavidade ele estava ali de novo, não só na viração do dia mais em todo instante, todo momento, todo milésimo de segundo até a consumação ele estava, e descobri quando ouvi que a voz vinha de dentro e não do alto, ele estava me justificando e me convencendo de meu juízo.

Éramos agora mais que amigos, éramos apenas um, o seu sangue foi perfeitamente resgatador e limpo, esvaindo-se sem fim em favor daquele que nascia destituído de sua glória.
Errei... Ele me convenceu disso, me perdoou e me fez de novo, habito hoje ao seu lado, no seu seio, debaixo das suas asas, estou de volta ao jardim, de onde nunca deveria ter saído. 


Meu nome é Adão, sem culpa, remorso ou dor, sou aquele que errou primeiro, porém aquele que foi amado primeiro, com a condição que o erro passa o amor não.

domingo, 19 de agosto de 2012

Fique tranquilo... Deus viu!!!

Não são poucos os testemunhos de vidas que foram transformadas pela igreja. Existe uma infinidade de "ex" alguma coisa que discorrem magnificas experiências com Deus. O problema é quando essa que deveria ser o hospital, a casa de saúde, o local de conforto, se torna o local de tormenta! Não admito ouvir que a igreja está suja, porque ela é sonho de Deus para o homem, mas nós, os administradores dessa obra precisamos rever aquilo que nos auto intitulamos "servos de Deus". Vejo um alto grau de exclusão dentro da igreja, onde até uma bermuda, uma calça ou um terno ditam que vc é. Estou diante de um numero exorbitante de pessoas decepcionadas e até fora do seio de comunhão por serem excluídos do meio dos "santos". O nosso discurso é perfeito: Vamos atrás dos necessitados! Mas quando eles chegam não fazemos com que eles façam parte de nós. Não tratamos o drogado como doente depois que ele cai pela milésima vez, tratamos ele como sem vergonha que não quer ouvir a palavra, porém minha bíblia diz que o mestre não veio para os de saúde e sim para os doentes. O que dizer então do sacerdote, que em alguns casos conseguem ultrapassar as transgressões de impios, trazendo espanto até para os que não conhecem o evangelho. Que sentimentos presencio nessas vitimas do clero eclesiástico? Revolta, fúria, decepção, ódio... Vejo pessoas com aversão a igreja, pessoas que não suportam ouvir sobre as escrituras, por terem se doado aquilo que acreditavam e hoje não acreditam mais em sua própria fé, pessoas morreram sem crer em Deus, porque homens assassinaram a semente que afloravam dentro delas. É triste dizer que estava previsto esses e maiores acontecimentos, mas também está previsto que o justo não é enganado, está previsto que Deus ama o humilde, está previsto que ele não abandona seus filhos, está previsto que Deus vê tudo... Está previsto que uma mansão dourada, ruas de ouro e um lindo coral me espera, está previsto que sou mais que vencedor.

Vitimas de um evangelhos deturpado, excluídos por não ter valor ao homem, massacrados por não superar suas fraquezas, amputados por ter talento... Abra seus olhos, respire o ar que Deus nos deu e lembre-se, no céu seu lugar nas primeiras fileiras está guardado.

sábado, 4 de agosto de 2012

Amor ao próximo, quem mandou?


Jesus contou uma história, a um doutor da lei que faz mil vezes mais sentido hoje do que na época. Ele diz que um homem saia de uma cidade em direção a outra e no caminho foi assaltado e agredido, então continua dizendo que um sacerdote (Pastor, padre, bispos e afins) passou, olhou a vitima e se foi, no mesmo caminho vinha um levita (Obreiro, ajudador, musico "gospel") que tb viu o moribundo e nada fez. Então passava ali um homem que não tinha nenhum cargo ou função sacerdotal, nem sequer era bem visto naquele lugar por ter nascido em outra descendência, o que trazia exclusão por parte dos "escolhidos". Esse excluído se compadeceu da dor daquele homem e o ajudou. Não vou entrar no mérito das revelações e dados históricos e sim no fato que as pessoas não se preocupam mais com as outras, a dor de quem passa é hoje unicamente de quem passa, vivemos num tempo que se alegra com multidões e se chora sozinho. Não se generaliza nada hoje em dia, mas posso de fato dizer e afirmar que: AS PESSOAS NÃO AMAM AS OUTRAS, e esse é um requisito essencial para ser um sacerdote, “amar gente”! talento, oratória, retórica e persuasão, não salva ninguém. O papo pode ser chato, batido ou cansado, mas é real e atual, seguimos todos os mandamentos em afinco, mas o amar ao próximo como eu vos amei não faz muito parte do nosso cotidiano, sem hipocrisia, chega disso, é mais valido tentar amar do que dizer que ama, fica mais bonito!

Amar ao próximo como a mim mesmo é um mandamento, mas se não se tem amor próprio não dá pra cumprir a ordem, porém Jesus disse: Amai-vos uns aos outros como EU vos amei... Pense no amor de Jesus e reflita! (JO 15. 12)

sábado, 27 de agosto de 2011

Descobri que não entendo a Cruz...

A medida que me aproximei de Deus vivi fases com relação a cruz de Cristo, e cada uma delas me trouxe a concepção de que eu não sabia o que ela significava de verdade, e hoje olhando para ela vejo que o que entendo é mais complexo do que pensava. A principio observando aqueles dois pedaços de madeira não me remetia a nada, mas depois descobri que a admiração que a cruz causava nas pessoas era algo multiforme. Existem pessoas que adoram crucifixos, andam com eles, tem em casa, admiram o Jesus com a cara de dor, preso no madeiro, isso trás compaixão a humanidade das pessoas, se sentem mais humanas quando pensam que alguém sentiu dor por eles, mas não existe nenhuma mudança interna, apenas se comovem. Outros observam uma bela cruz em mármore numa loja de antiguidade e pensam: Nossa, que bela cruz... Levam, mostram, exibem o sacrifício do filho de Deus mas nunca se preocuparam em saber o que aconteceu depois daquilo, não entendem nada além de filmes e minisséries sobre o assunto. Porém na hora de falar sobre Jesus são extremamente devotos, afinal o Cristo está belo na parede da minha sala! Porque isso acontece? Porque o sentimento de compaixão por Jesus existe e é somente isso? Eu respondo, acontece porque a cruz é constrangedora, acontece porque existe amor naquelas gotas de sangue, acontece a rejeição pelo conhecimento de Deus porque para o homem é inadmissível alguém dá tudo por nós e nós não devolvemos o mínimo por ele, acontece porque no fundo sabemos que o nosso sentimento de gratidão é pequeno. Hoje não entendo a cruz porque não sei mensurar o amor de Deus, mas descobri que o Rei dos Reis foi morto em uma madeira por opção, por nos mostrar que madeira é algo que se quebra, apodrece, fica velha... Jesus poderia ter morrido de qualquer outra forma, mas escolheu madeira, pra nos mostrar que somos assim, frágeis, ficamos velhos, somos humanos, ele morreu ali como um ladrão pra dizer que podemos conseguir tudo na vida, suportar qualquer coisa porque ele nos ajuda, porém não esquecendo que na nossa essência somos cruz, madeira e só estamos aqui porque um dia ele morreu ali.

Portanto grandes conquistadores, não esqueçamos que tudo o que temos e o que somos, o que ganhamos e conquistamos é mérito nosso sim, mas porque ele quis que fosse, quando resolveu perder pra você ganhar.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Que Deus você mais ama?

Observemos os seguintes dados: A inclinação da terra de 23 graus, produz as nossas estações. Os cientistas dizem-nos que se a terra não tivesse a exata inclinação que tem, os vapores dos oceanos mover-se iam para o norte e sul, cobrindo continentes de gelo. Se a lua estivesse a 80 mil quilômetros da terra, em vez de 320 mil, as marés seriam tão enormes que todos os continentes seriam submergidos pela água e até mesmo as montanhas seriam afetadas pela erosão. Se a crosta terrestre fosse apenas três metros mais grossa, não haveria oxigênio, e sem ele toda a vida animal morreria. Se os oceanos fossem uns poucos metros mais profundos, o dióxido de carbono e o oxigênio teriam sido absorvidos e nenhuma vida vegetal poderia existir. Impressionante não? Tudo isso é muito grandioso e majestoso quando atribuímos a perfeição do criador, tudo nos deixam estupefatos, atônitos, assombrados, impressionados com a perfeição e grandeza de tudo o que vemos, nos deixam em alguns casos até com medo da grandiosidade de Deus, quando observamos a fúria da natureza. Porém quando falamos do amor dele não percebemos espanto em quem ouve! Porque tudo o que Deus criou nos trás esse sentimento e o seu maior ato não nos causa isso? Porque é mais fácil se impressionar com a força dos ventos que com a cruz? Porque tememos o Deus sanguinário e não amamos o Jesus ensangüentado? Porque tememos a mão pesada de Deus e não agradecemos diariamente pelo perdão de nossos pecados? Porque amamos mais sentir medo do que sentir o imensurável amor de Deus por nós?
Na verdade preferimos o Deus que tirou o povo do Egito a um Jesus que tirou a humanidade do mundo. Preferimos sofrer nas mãos de um Deus que castiga a estar no colo de um pai que nos ama.
A maior honra que podemos dá ao Deus todo-poderoso não é reconhecer o grande poder da criação e sim o seu grande amor por nós!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Precisamos de um pouco de império romano

Um missionário brasileiro esteve a um tempo atrás na China, com intenção de entender porque a China hoje tem a comunidade Cristã que mais cresce no mundo, já que o país não cultua a Jesus e condena a morte todos que vão contra as suas crenças. Conta esse missionário que a reunião de encontro estava marcada para as 12 horas no porão da casa de um dos irmãos. Eles se deslocavam com mais de 3 horas de antecedência para que ninguém percebesse quando andavam juntos, iam chegando um por um ao ponto de encontro que nunca era no mesmo local. Chegando ao lugar, debaixo de um sol chinês escaldante os irmãos reunidos “murmuravam” louvores, e o brasileiro relatava que nunca havia sentido algo do tipo, quando via aqueles homens derramando lagrimas e cantando hinos a Deus, então chegou o momento de ler a palavra, um dos irmãos chinês se levanta (aquele que poderia ser o pastor, mas não era porque eles não usam nomenclatura) e retira do bolso dois guardanapos com frases da bíblia em caneta, ele leu e releu e aquela foi a mensagem da noite.  Não sei como aquele homem retornou ao Brasil, mas seu relato me fez lembrar o inicio da igreja escrito  na bíblia no livro de atos, onde a perseguição do império romano era implacável e como os discípulos tinham orgulho em sofrer pelo nome de Jesus, como a comunhão era constrangedora, chegando ao ponto de dividir suas terras e propriedades, como o mais importante na vida daqueles homens era proferir e estender o reino sob o nome de Jesus. Isso me fez pensar o porquê não vivemos os milagres que eles viviam, as curas absurdas e o poder sem limites, já que temos tudo o que precisamos, do luxo a periferia, os templos são abertos ao público, um local onde as diferenças não deveriam ser vistas, um lugar de adoração a Deus em cada esquina sem repressão as intermináveis vigílias do poder, sem sequer dias ou tempo controlado... Cheguei a uma terrível conclusão, precisamos de um pouco do império romano.
O acesso ao reino de Deus é livre, apenas um gesto de aceitação credencia a entrada, porém para se manter no roll da excelência de Deus é preciso um ingresso que todos possuem, mas nem todos querem doar... “Um coração quebrantado e contrito o Senhor não rejeitará”

domingo, 10 de julho de 2011

Pecado, quem sou diante dele?

Antes de conhecer a Jesus e a Bíblia, já conhecia histórias a seu respeito e contos da escritura. Através de filmes conheci um Jesus, um Davi, um Sansão... E pensando sobre esses dois últimos nomes, minha mente entrou em confusão, porque sempre ouvi falar de um grande Rei que foi amado pelo seu povo e que era um homem segundo o coração de Deus, e também sempre ouvi que Sansão tinha uma força descomunal, porém havia revelado um segredo que não deveria ter revelado. Mas em minha sede por busca e tentativa de entender os mistérios desse rico livro, conheci a fundo a história desses homens e minha confusão mental não melhorou, porque conheci dois homens com chamados, conheci dois homens que venceram, conheci dois homens que chegaram ao ápice de seus ministérios, conheci dos homens que caíram... Então meu problema era: Se Davi que cometeu adultério, homicídio e desobediência a Deus em contar seu povo, era conhecido como um homem segundo o coração de Deus e Sansão que pecou menos não tinha esse titulo, pior, tinha o titulo de um cara que errou somente e até soberbo. Então nos meus questionamentos com Deus e dedos acusadores em favor de uma justiça para aquele caso, descobri algo que mudou a minha vida, descobri algo que me fez ver quem sou eu diante das minhas quedas, descobri que existia uma diferença primordial entre Sanção e Davi! Descobri que Davi era um homem que sabia descer, Davi sabia reconhecer o que era, lembrava de onde Deus o havia tirado, só Davi poderia escrever a Deus pedindo um coração puro e um espírito reto, só Davi diria em linhas perfeitas que sua alma anelava em adorar ao Senhor, só Davi pôde dizer tira o meu ouro e a minha prata mais não me tira a alegria da sua salvação!
O que você é diante do pecado não importa muito, porque somos aquilo no momento em que estamos vivendo aquilo, mas o que determina a visão de Deus sobre você, é o que você é depois de seus erros.